quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

existindo


as vezes eu penso mesmo...
em quase tudo ou até tudo mesmo,
penso que não dou tanto amor quanto devia,
que um dia todos vão embora,
penso"e meus filhos..?"
penso o quanto doi a paciência oriental em prática
penso no fim,nos começos
nos traços e garranchos que já fiz.
eu penso no chão,nos passos de balé
pois acredito que onde sempre há vida,
não penso em gritos ou buzinas,penso apenas nos pássaros,
no boatido de asas de alguma maripoza..penso e tento existir

grande menina,pequena mulher


tenho que párar de querer segurar as coisas,ou ter medo de escreva-las,
teva com medo..
as antigas postagens são tão bonitinhas,e se eu não escrevesse tão profundamente como antes,no começo..
este é o problema,no começo tudo é belo,profundo e aparentemente durável,porém o que dá realmente durabilidade ou beleza é o tempo..até o desgaste,é o que passou
isso faz as coisas serem realmente durável: o tempo que passa.o tempo faz as coisas ficarem profundas ou esquecidas, o tempo cura ou mata e ele é as consequencias da escolhas
eu póderia escrever:AMANHÃ APAIXONE-SE ou qualquer coisa tal melodramática que sempre falo para as pessoas valorizarem mais a vida,pela paixão nós valorizamos quase tudo o tempo,a voz,a roupa e assim vai;já na atividade de desapaixonar tudo largamos e esperamos as coisas esfriarem
engraçado,a paixão faz as coisas iguais serem diferentes,já a despaixão faz tudo ficar igual,só nos os des que não temos sorte,ai vem o medo das coisas apaixonantes,então prefirimos tudo rápido,prontinho e bem..."cabum''
as coiasas não são tão rápidas,não são tão duráveis nem são tão belas
não vou ter mais medo de escrever,pois as palavras fluem e se encontram e me dão prazer
nada eterno paixão,beleza,blog..ou até sejam quando alguém lé e interpreta uma arte.