quarta-feira, 11 de julho de 2012

peripécias de minha mãe

Um som de telefone toca no fundo .. Minha mãe corre em direção ao som, seja ele onde for e grita:
- Amanda, o telefono, atende aí!
Eu, já sabendo a peripécia e reconhecendo o som dos toques de telefone respondo
- ¬¬' Mãe, o telefone é na novela, é na TV.
- Ah, tá certo ..eu sempre confundo.

É agora!

Eu sei que prometi que largaria os textos de Odalisca e me concentraria em postagens mais racionais, ligadas as vivências que tenho onde não preciso mostrar tanto sangue e suspiro; mas o que não é sentir na  vida? O que não é respirar e tocar? Acho que todos que estão perto de mim, os que estão perto mesmo, sentem o quanto sou confusa e  boba, e o quanto me perco nas minha aventuras fictícias  e medos, tudo preso dentro .. explodindo em qualquer momento. Acho que eu preciso viajar, encontrar outras coisas, outros valores, outras pessoas, outras razões. Acho que preciso viver uma coisa real, acho que mereço até. Acho que meu livro não precisa mais conter lamentos e solidão, a Odalisca precisa de novos capítulos na sua estória, e eu vou escreve-la. Acho que é tempo demais, meses e meses sem vida. A quanto tempo eu me escondo em lembranças amargas antigas ..  A quanto tempo desacredito em dois ou três, ou em beijos de verdade. Prometi que largaria qualquer coisa que não fosse papável, fixa, dialética; mas acredito que me prometi o impossível, que é não viver, não apostar.